Apenas respostas...
Se começarmos a buscar respostas que satisfaçam nossas expectativas quanto às ações de Deus, apenas perderemos nossa simplicidade de ser o que somos. Deus nos dá alegria suficiente para fazermos outras pessoas alegres. Se o nosso orgulho nos afasta de quem nos ama devemos repensar a vida que temos vivido. Eu sei que na maioria das vezes o mais difícil é reconhecer o próprio erro; o próprio orgulho – esse mesmo que também tanto nos machuca. Houve um tempo em os “rachas” não eram tão normais. Os anjos eram criaturas formidáveis e quase perfeitas. Alguns deles eram aferidores de medida para todos os outros; uma espécie de parâmetro para a criação de outros anjos com as mesmas características. Deus como sempre, a despeito das suas criaturas – seja uma lesma, seja um homem – concede graciosamente aquilo que eu considero o que há de mais lindo na pureza de Deus – Ele simplesmente confia indiscriminadamente. Um voto de confiança de Deus pode significar a restauração de uma vida; na verdade a própria vida é o maior voto de confiança que o Senhor poderia dar às suas criaturas. O problema é que apenas os anjos e os homens se aventuram a perder essa confiança divina na liberdade do ser. Todos os outros seres aproveitam a grande oportunidade, agarrando-se ao fôlego de vida como sendo o bem mais precioso – e o é. Essas criaturas mais simples não conseguem amar como nós, porém continuam sempre dependentes da confiança e do amor de Deus sobre suas vidas, mesmo que nem saibam o que isto signifique. Vou tentar explicar: O cão simplesmente ama seu dono com uma espécie de paixão ou amor transferido... condicionado; naquele momento o “dono” é a própria imagem da divindade para ele. É o seu “dono” quem o protege, alimenta, dá abrigo e lhe faz carinho. Quando um cachorro ataca e morde a mão daquele que lhe é como um deus o faz geralmente por loucura ou doença – ou porque não passa apenas de um animal. Nós que podemos pensar – talvez esse seja o grande problema do homem – temos necessidade de querer mais e mais todas as coisas sem nem saber na maioria das vezes por que estamos querendo. Ganância, insensatez, orgulho. O orgulho fez primeiramente os anjos, depois os homens, perder o precioso voto. Por isso “rachamos” ou rasgamos nossos votos, contratos, relacionamentos. Perdemos a comunhão muitas vezes por nada. Foi assim com lúcifer; continua sendo conosco. Graças ao amor de Deus que nós ainda temos a chance de reverter o quadro, isto é, apenas aqueles que tomam consciência disto.
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