"Eu sou um vândalo musical!"
Que saudade dos anos 80! Quando queríamos declarar guerra,
em nossa revolta juvenil contra a sociedade e o governo opressor, nos
agrupávamos em bandas de rock (punk rock, heavy metal, etc) e, nas garagens,
vociferávamos nosso descontentamento contra tudo e contra todos que merecessem
ouvir nosso grito. O nosso vandalismo se restringia a um “vandalismo sonoro” –
e saiba você que as pessoas morriam de medo e paravam para ouvir nossas reivindicações!
Hoje está tudo mudado... Os vândalos atuais
se camuflam em meio às passeatas
como joio no meio do trigo; são realmente vândalos ao pé da letra, que só prestam
para destruir o patrimônio alheio, seja municipal, seja de pessoas que não têm
nada a ver com a corrupção dos governos. Os
vândalos atuais são jovens tristes, filhos de papai em sua maioria, muitos
são moradores de bairros nobres (como o próprio Leblon) e não passam pelas
mesmas restrições como a maioria do povo. Eu, quando jovem, “vandalizei” com
arte, “destruí vitrines” com solos de guitarra, “quebrei bancas de jornal” com
músicas e com letras inteligentes, enfim, gritei
o meu descontentamento com as minhas próprias “armas”, sem precisar deixar
ninguém triste ou ferido por isso. Esses “Anonymous”
(e esses outros descerebrados que picham e quebram placas de sinalização) certamente
não representam a minha geração, pois trocaram a arte pela imbecilidade crua e
boçalidade desmedida contra o bem estar da própria população – enquanto isso o Eduardo, o Cabral e a Dilma continuam
no firme propósito de sacanear o povo do Rio e do Brasil, roubando e pilhando o
que pertence a nós. Anonymous, saia
das trevas, emerja do esgoto, mostre o seu rosto e vire gente! Promovam
passeatas, cantem “Que país é este?”, fechem as ruas, mas não destruam o
patrimônio de quem não é causador do seu ódio!
A cidade agradece.

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